O amor anda assim tão vago, tão sem definição, sem forma, não que ele já tenha adquirido alguma forma, definição, intensidade, ou quaisquer aspectos que o deixem mais concreto. Mas o amor anda ultimamente, anda no presente, sem ter sentido, sem ser tão necessário, ele anda sendo desculpas pra erros que nem sequer tem a ver com qualquer sentimento bom. Matar por amor? A única coisa que costumava ser morta pelo amor era saudade, era falta, distância. Agora matar literalmente? Não, isso não é existencial. E você acaba por saber que o amor já não é nada a partir do instante que foi-se possível conjugá-lo, onde eu, tu, ele, nós, vós, eles e a gente pode amar, desde que inventaram o verbo amar, que pudesse expressar o amor, acho que foi o ponto de partida para sua vulgarização indireta.
Amor é escrito em qualquer lugar, é falado por qualquer língua, é “sentido” ou pelo menos dito ser sentido, por qualquer um, e ainda vem-se dizer que o amor é o sentimento mais misterioso existente, você pode pegá-lo em qualquer tradução, escrito de mil formas, cantado por qualquer, pode entendê-lo de qualquer forma, pode usá-lo quando bem entender a quem quiser. Há pessoas que ainda creem nele como um cristão crê em Deus, há pessoas se perdendo por causa dessa maldita conjugação do verbo amar, chego a conclusão que amor e verbo amar não tem nenhuma ligação, você sentir amor por alguém é diferente, é tipo você tomar um pingado com leite desnatado e café descafeinado, é isso que é amar, é pegar a forma, o nome, e não o conteúdo .
O amar tem adubado a terra, semeado, regado e cuidado até as plantas(sejam árvores, no caso) crescerem, parecerem fortes, e esse mesmo amar é o que incendeia a floresta, e devasta qualquer riqueza natural existente, e depois sobre apenas fumaça, e cinzas pretas deitadas por toda a extensão, às vezes isso torna o solo estéril, inutilizável.
(14/01/12 – 3:52) “
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